quarta-feira, 29 de abril de 2020

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1° ano A - s5nipzu
1°ano E e F - usz6qdz
2° ano A e C - bzqd7ws

segunda-feira, 17 de junho de 2013

"Situação de Aprendizagem"

Os Planos de Aula foram elaborados com o apoio dos Encontros Presenciais, promovido pela Diretoria de Ensino , Melhor Gestão, Melhor Ensino.
Deve ser entendido como mais um material de apoio para o desenvolvimento de uma proposta pedagógica.






"Temos uma imagem empobrecida da criança que aprende : a reduzimos a um par de orelhas , um par de ouvidos, uma mão que pega um instrumento para marcar e um aparelho fonador que emite sons. Atrás disso há um sujeito cognoscente, alguém que pensa, que constrói interpretações , que age sobre o real para fazê-lo seu."
                                                                                       (Emília Ferreiro)

Plano de Aula

Proposta de Situação de Aprendizagem

O Avestruz

Meu Animal de Estimação
Público Alvo: 7º ano Anos Finais
Duração: 04 aulas.
Objetivos: Desenvolver e aprofundar a capacidade de leitura utilizando-se de estratégias.
Recursos: Cópias do Texto "Avestruz" de Mário Prata.
Etapas:
1.Ativação do conhecimento prévio 2.Antecipação ; 3.Checagem de hipóteses.
Antes de mostrar o texto aos alunos, o professor poderá fazer os seguintes questionamentos, oralmente:
Você conhece um avestruz?Alguém já viu um? Descreva como é; Sabe como é? Como você imagina que seja um avestruz?
Depois, o professor deve fazer a leitura oral do texto de Mário Prata.
Para discutir as questões do Gênero do texto, o professor poderá se utilizar dos seguintes questionamentos, oral e/ou escrito:
Quem escreveu? Onde foi divulgada? Para quem? Qual a intenção?
Para estudar a finalidade do texto, o professor poderá propor uma atividade que leve os alunos pensarem sobre:
Para quem foi escrito o texto? Qual era a intenção?
Como atividade de Produção de Texto, pode ser solicitado, ao aluno, que escreva um relato sobre seu Bichinho de Estimação ou sobre o animal que gostaria de ter como de Estimação.

Texto - Avestruz

Avestruz
Mário Prata
O filho de uma grande amiga pediu, de presente pelos seus dez anos, uma avestruz. Cismou, fazer o quê? Moram em um apartamento em Higienópolis, São Paulo. E ela me mandou um e-mail dizendo que a culpa era minha. Sim, porque foi aqui ao lado de casa, em Floripa, que o menino conheceu as avestruzes. Tem uma plantação, digo, criação deles. Aquilo impressionou o garoto.
Culpado, fui até o local saber se eles vendiam filhotes de avestruzes. E se entregavam em domicílio.
E fiquei a observar a ave. Se é que podemos chamar aquilo de ave. A avestruz foi um erro da natureza, minha amiga. Na hora de criar a avestruz, deus devia estar muito cansado e cometeu alguns erros. Deve ter criado primeiro o corpo, que se assemelha, em tamanho, a um boi. Sabe quanto pesa uma avestruz? Entre 100 e 160 quilos, fui logo avisando a minha amiga. E a altura pode chegar a quase três metros. 2,7 para ser mais exato.
Mas eu estava falando da sua criação por deus. Colocou um pescoço que não tem absolutamente nada a ver com o corpo. Não devia mais ter estoque de asas no paraíso, então colocou asas atrofiadas. Talvez até sabiamente para evitar que saíssem voando em bandos por aí assustando as demais aves normais.
Outra coisa que faltou foram dedos para os pés. Colocou apenas dois dedos em cada pé.
Sacanagem, Senhor!
Depois olhou para sua obra e não sabia se era uma ave ou um camelo. Tanto é que logo depois, Adão, dando os nomes a tudo que via pela frente, olhou para aquele ser meio abominável e disse:
Struthio camelus australis. Que é o nome oficial da coisa. Acho que o struthio deve ser aquele pescoço fino em forma de salsicha.
Pois um animal daquele tamanho deveria botar ovos proporcionais ao seu corpo. Outro erro. É grande, mas nem tanto. E me explicava o criador que elas vivem até os setenta anos e se reproduzem plenamente até os quarenta, entrando depois na menopausa, não têm, portanto, TPM. Uma avestruz com TPM é perigosíssima!
Podem gerar de dez a trinta crias por ano, expliquei ao garoto, filho da minha amiga. Pois ele ficou mais animado ainda, imaginando aquele bando de avestruzes correndo pela sala do apartamento.
Ele insiste, quer que eu leve uma avestruz para ele de avião, no domingo. Não sabia mais o que fazer.
Foi quando descobri que elas comem o que encontram pela frente, inclusive pedaços de ferro e madeiras. Joguinhos eletrônicos, por exemplo. máquina digital de fotografia, times inteiros de futebol de botão e, principalmente, chuteiras. E, se descuidar, um mouse de vez em quando cai bem.
Parece que convenci o garoto. Me telefonou e disse que troca o avestruz por cinco gaivotas e um urubu.
Pedi para a minha amiga levar o garoto num psicólogo. Afinal, tenho mais o que fazer do que ser gigolô de avestruz

PRATA, Mário. Avestruz. 5ª série/ 6º ano vol. 2

Plano de Aula

PLANO DE AULA
Meu Primeiro Beijo
Antônio Barreto.
Público Alvo: 8° Ano
Duração: 6 aulas
Objetivo: Desenvolver a escrita e o gosto pela leitura, à interação do grupo e o aprimoramento do uso dos gêneros literários.
Desenvolvimento: 1° etapa: É importante que o professor solicite para a turma que realizem uma leitura silenciosa do texto, prestando atenção a alguns aspectos do tema. Conversar com a turma a respeito do texto,confrontar diferentes interpretações e promover as articulações entre as diversas informações, nesse momento ocorrerá a interação do grupo ,tão importante para o desenvolvimento do trabalho.
2° Etapa: Uma releitura do texto, observando e analisando os comentários do colega e suas vivências. Propondo para a turma a exposição das ideias.Nesse momento é de suma importância falar sobre o autor e suas característica em suas obras.
3° Etapa: Desenvolver a escrita, propor aos alunos uma redação em dupla, criando outra historia com o mesmo tema, com outros personagens e outras vivencias. Essas atividades depois de revisadas pelo professor deverão ser digitadas e expostas para a turma.
O professor poderá aproveitar a oportunidade e criar um ambiente de leitura com a exposição do material e apresentação de outras obras.
Recurso: livros, textos e internet.
Avaliação: Produção e Apresentação do texto.

Texto - Meu Primeiro Beijo

Meu Primeiro Beijo
Antonio Barreto
É difícil acreditar, mas meu primeiro beijo foi num ônibus, na volta da escola. E sabem com quem? Com o Cultura Inútil! Pode? Até que foi legal. Nem eu nem ele sabíamos exatamente o que era "o beijo". Só de filme. Estávamos virgens nesse assunto, e morrendo de medo. Mas aprendemos. E foi assim...
Não sei se numa aula de Biologia ou de Química, o Culta tinha me mandado um dos seus milhares de bilhetinhos:
"Você é a glicose do meu metabolismo.
Te amo muito!
Paracelso"
E assinou com uma letrinha miúda: Paracelso. Paracelso era outro apelido dele. Assinou com letrinha tão minúscula que quase tive dó, tive pena, instinto maternal, coisas de mulher... E também não sei por que: resolvi dar uma chance pra ele, mesmo sem saber que tipo de lance ia rolar.
No dia seguinte, depois do inglês, pediu pra me acompanhar até em casa. No ônibus, veio com o seguinte papo:
- Um beijo pode deixar a gente exausto, sabia? - Fiz cara de desentendida.
Mas ele continuou:
- Dependendo do beijo, a gente põe em ação 29 músculos, consome cerca de 12 calorias e acelera o coração de 70 para 150 batidas por minuto. - Aí ele tomou coragem e pegou na minha mão. Mas continuou salivando seus perdigotos:
- A gente também gasta, na saliva, nada menos que 9 mg de água; 0,7 mg de albumina; 0,18 g de substâncias orgânica; 0,711 mg de matérias graxas; 0,45 mg de sais e pelo menos 250 bactérias...
Aí o bactéria falante aproximou o rosto do meu e, tremendo, tirou seus óculos, tirou os meus, e ficamos nos olhando, de pertinho. O bastante para que eu descobrisse que, sem os óculos, seus olhos eram bonitos e expressivos, azuis e brilhantes. E achei gostoso aquele calorzinho que envolvia o corpo da gente. Ele beijou a pontinha do meu nariz, fechei os olhos e senti sua respiração ofegante. Seus lábios tocaram os meus. Primeiro de leve, depois com mais força, e então nos abraçamos de bocas coladas, por alguns segundos.
E de repente o ônibus já havia chegado no ponto final e já tínhamos transposto , juntos, o abismo do primeiro beijo.
Desci, cheguei em casa, nos beijamos de novo no portão do prédio, e aí ficamos apaixonados por várias semanas. Até que o mundo rolou, as luas vieram e voltaram, o tempo se esqueceu do tempo, as contas de telefone aumentaram, depois diminuíram...e foi ficando nisso. Normal. Que nem meu primeiro beijo. Mas foi inesquecível!
BARRETO, Antonio. Meu primeiro beijo.
Balada do primeiro amor. São Paulo: FTD, 1977. p. 134-6. Extraído de http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=22430